Obtido através da fusão de matérias-primas naturais, sobretudo de minerais, o vidro é um elemento presente em várias civilizações há muitos anos, e seu uso é cada vez mais crescente pelas indústrias e indispensável no nosso cotidiano.
Vidro foi descoberto pelos fenícios, há cerca de 7.000 a.C, de maneira inusitada pelos navegadores quando, ao acenderem fogueiras na praia, notaram que a areia e o calcário das conchas poderiam combinar, através da fusão em altas temperaturas.
Além dos fenícios, sírios e babilônios também usavam o vidro muitos anos antes de Cristo, para a fabricação de:
– Joias;
– Enfeites;
– Embalagens para produtos domésticos.
No Brasil, a primeira oficina que fazia seu uso foi construída no século XVII, em uma cidade Pernambucana, onde artesãos produziam:
– Copos;
– Frascos;
– Janelas.
Atualmente, o vidro usado por diferentes segmentos da sociedade e modos no nosso dia a dia, assim como em variados instrumentos que vão desde as garrafas e as embalagens até os automóveis e os eletrodomésticos.
No setor industrial, pode ser encontrado a partir da fabricação de itens como:
– Para-brisas;
– Portas;
– Divisórias;
– Copos;
– Lâmpadas;
– Vidros de automóveis;
– Janelas;
– Monitores;
– Fibra-ótica.
O uso do vidro tende a crescer cada vez mais, pois é um grande aliado da tecnologia nas indústrias, estando presentes em vários cabos de fibra ótica. Tal material é leve, apresenta-se como um excelente isolante elétrico, possui ótima estrutura, resistente e não transmite calor.
Além disso, é um material 100% reciclável, o que diminui os custos e reduz o impacto no meio ambiente. É o melhor material para ser usado nas embalagens de alimentos, já que não interage com os alimentos. Produz economia da energia artificial e aumento da iluminação natural. E é um material versátil e impermeável, seguro, prático e elegante.
No território brasileiro, a primeira oficina surgiu no século XVII, no estado do Pernambuco, onde artesãos fabricavam copos, janelas e frascos. A consolidação da automatização das fábricas em escala industrial, ocorreu a partir do século XX.
Nos últimos dez anos, o consumo do vidro registra um aumento das indústrias de produção, bem como das indústrias de processamento do vidro. Ambas tem realizado um investimento sólido em tecnologias inovadoras, visando otimizar sua fabricação e oferecer novidades aos consumidores.
De acordo com a Abravidro (Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos), o mercado do vidro possui 9 principais linhas de produção capazes de produzir 7.000 toneladas de vidro por dia, distribuídos por 500 principais indústrias de processamento. Para se ter uma dimensão do crescimento, o brasileiro médio chega consumir 10 quilos de vidro por ano.
A fabricação do vidro no país é dominada por 4 empresas que, mesmo com a existência de algumas produções independentes e com a importação de alguns vidros, a grande maioria do vidro fabricado aqui fica a cargo das empresas: Cebrace, Guardian, Agc e Vinix.
As empresas fabricam o vidro passando por todas as etapas, a começar pelo derretimento da sílica, fazer a mistura com os demais componentes, até a folha do vidro plano.
A indústria do vidro brasileiro alcançou os mais altos patamares de qualidade e se iguala aos grandes produtores do mundo.
As perspectivas passaram a ser ainda mais animadoras após medidas como:
– Abertura econômica;
– Flexibilização das leis trabalhistas;
– Privatizações que injetaram ânimo na economia;
– Aporte de capital e tecnologia;
– Desregulamentarização de algumas atividades;
– Entre outras.
A adoção dessas medidas e várias outras, atreladas a constante evolução do investimento na capacidade de produção e na logística de distribuição, fizeram com que o setor alcançasse a produção de 700 mil toneladas anualmente e ainda manter o crescimento mesmo durante a crise econômica.
A indústria brasileira do vidro foi capaz de modernizar seus equipamentos e moldar toda a estrutura de processamento aos níveis tecnológicos internacionais, aumentando toda a sua capacidade produtiva, agregando valor aos produtos e diversidade.
O grau de diversificação no processamento da matéria-prima pode ser medido pelo tamanho da lista de produtos que passou a produzir para diferentes mercados, a partir dos anos 80, como:
– Vidros de segurança para a indústria automobilística e Arquitetura;
– Vidros reflexivos e espelhados;
– Vidros laminados e reflexivos, destinados a atender a Construção Civil.
Além dos vidros blindados e dos vidros especiais para o uso em automóveis e em portas, residências, aviões, hotéis e escritórios, atendidos pela demanda crescente da sociedade por maior segurança individual e coletiva.
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